CASCAVEL DO FUTURO

O arquiteto e diretor-presidente da Agepar (Agência Reguladora do Paraná) Omar Akel, abre o ciclo que o Conselho fará com especialistas em várias áreas de atuação que compõem as câmaras técnicas do Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel.

Akel, defende que a qualidade de vida dos moradores, a redução de desperdícios e racionalização dos investimentos públicos, e privados, estão diretamente ligados aos benefícios de uma cidade com base no planejamento a longo prazo. Quando há um planejamento com projetos, possíveis de permanência de revisão, isso possibilita a adequação dos movimentos que a própria cidade gera. Para ele, é preciso pensar a longo prazo, voltar a investir na consciência de cidadania. “Precisamos ensinar nossas crianças a serem cidadãos conscientes. Amar e respeitar o País e o próximo. Só assim no futuro teremos uma geração diferente e com outra perspectiva”.

Ao ser questionado, de como a tecnologia pode influenciar a rotina da cidade, Akel, explicou, “cada vez mais a sociedade depende da agilidade e eficiência na solução de suas demandas. E é por meio da tecnologia que se garante uma comunicação mais rápida, fácil e efetiva com a comunidade e se acelera a tomada de decisões sobre o município. O poder público deve estar conectado permanentemente com os avanços tecnológicos, abrindo canais de comunicação e deixando suas ações mais transparentes. Por outro lado, é preciso que a população tenha acesso à tecnologia. Ações como, por exemplo, disponibilização de maior conexão de wi-fi em espaços públicos, escolas, postos de saúde, terminais e praças estimulam a comunidade a dominar as mídias digitais e tornam mais efetiva a sua participação”.

O Conselho é um ambiente onde se prevê, e tenta desenhar o que teremos daqui um certo período, neste momento os técnicos trabalham com visão 2030. As câmaras de transporte e mobilidade e urbanismo e meio ambiente, tem uma certa convergência, e os técnicos entraram num consenso pela busca de especialistas, com notório conhecimento, para que possam melhorar a fotografia de futuro. É preciso adequar o cenário de futuro com o cenário da cidade. “Não adianta os estudantes, afirmarem que precisam de mobilidade, se a população não quer abrir não do carro. Deve haver um trabalho conjunto, para um arranjo social”, conclui o presidente do Conselho, Edson José de Vasconcelos.

O Conselho é formado por mais de 65 entidades, e para participar das câmaras técnicas, o cidadão tem que estar representado por uma entidade. “O primeiro trabalho é saber o que queremos? Após, deve haver o alinhamento necessário básico, para que na sequência possam sair para conscientização social”, defende, o presidente.

Por Patrícia Pacheco