O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, esteve no início da tarde desta quinta-feira, em Cascavel, para reunião com autoridades e representantes do setor produtivo, na prefeitura. Na pauta, o modelo de concessão de rodovias proposto para o Paraná. A reunião, a portas fechadas, estendeu-se por cerca de uma hora e trinta minutos e no fim, em conversa com a imprensa, Tarcísio deu sinais de que a abertura desse canal de diálogo poderá promover ajustes importantes no modelo que deverá ser adotado.
Em resposta à imprensa, o ministro afirmou que a o anúncio de instalação da praça de pedágio entre Cascavel e Toledo, na BR-467, poderá ser revisto e que os argumentos apresentados durante o encontro podem sim conduzir a alterações na proposta elaborada pelos técnicos do Ministério da Infraestrutura. O ministro pediu que as reivindicações do Oeste sejam formalizadas e enviadas a Brasília. Em seguida, Tarcísio Freitas se dirigiu a Curitiba onde participou de outro encontro sobre o tema, dessa vez com dirigentes das sete principais entidades do setor produtivo estadual que formam o G7.
Sem outorga
Dirigentes de entidades empresariais do Oeste também atenderam a imprensa. O presidente do POD, Rainer Zielasko, afirmou que a conversa com o ministro se resumiu no conceito do modelo do pedágio, sem considerar aspectos específicos de obras. “Apresentamos informações e considerações que nos levaram a ser contrários à outorga onerosa e ao modelo híbrido e também das razões pelas quais defendemos a menor tarifa”, afirmou ele. Tarcísio, por sua vez, manifestou as razões que levaram o Ministério a propor o modelo híbrido, privilegiando obras.
Rainer considera que esse é o início de um diálogo que poderá levar à construção de uma solução melhor às partes envolvidas no debate, e principalmente aos usuários. O prefeito Leonaldo Paranhos disse que o encontro foi importante porque a região pode falar com o ministro sem interlocutores. “Pudemos olhar nos olhos do Tarcísio e fazer apontamentos que fundamentam nossa decisão de defender o pedágio pela menor tarifa”.
Durante o encontro, o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, apresentou números que ressaltam a importância do Paraná no contexto econômico brasileiro e de que quanto um dos pedágios mais caros do Brasil pesa sobre os ombros do setor produtivo. A reunião contou também com a presença de representantes de entidades como Acic, Caciopar, Sindicato Rural, OAB, Amic, Sinduscon, Sociedade Rural, Codesc, Câmara de Vereadores e também do governo estadual, representado pelo secretário Sandro Alex, além de parlamentares.
Legenda: O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, conversa com jornalistas depois de reunião com autoridades e representantes de entidades do setor produtivo
Crédito: Assessoria